os cúmplices

Inês Amaral
Jaime Silva

 

os sítios
 
A Ervilha Cor de Rosa
Atrium
Do Lado de Cá
Elotopia
Esboços do dia a dia
Escrever para o boneco
Íntima Fracção
Jornalismo e Comunicação
Jornalismo Digital
Ponto Media
Retorta
Rua da Judiaria
Sílabas Abensonhadas

 

as ferramentas

homepage
adicionar favoritos
email

powered by Blogger
online

 

as memórias

 

 

 

 



30.4.03
 
Resquícios de uma guerra com hora marcada A guerra acaba amanhã. É melhor darem os tirinhos todos porque à 01h00 de quinta-feira George W. Bush vai pôr um ponto final na "libertação do Iraque". A bordo do porta-aviões bordo do USS Abraham Lincoln, o presidente norte-americano vai falar à sua Nação (o mundo) e avisar que «as principais operações militares terminaram». Mas Ari Fletcher já avisou: o presidente não vai declarar a vitória dos EUA. E mais: o discurso de Bush não representará «do ponto de vista legal o fim das hostilidades». Entretanto, Saddam Hussein terá, alegadamente, enviado uma carta manuscrita ao jornal árabe Al-Qods al-Arabi, editado em Londres. Na carta, o ex-presidente iraquiano apela aos iraquianos para que resistam contra ocupação no Iraque e sublinha que a entrada da coligação só foi possível devido aos "traidores". A televisão árabe al-Arabiya, com sede no Dubai, pode vir a contratar o antigo ministro iraquiano da Informação, Mohammed Said al-Sahaf. "Comical Ali", como muitos lhe chamam, não figura nos 55 mais procurados pelos EUA (o homem deve estar furioso por se ter prestado a figuras rídiculas e agora ser "carta fora do baralho") e pode vir a desempenhar funções de comentador ou analista. A garantia foi dada pelo supervisor do canal de televisão, que acrescentou não saber do paradeiro de al-Sahaf. E assim vai o mundo...


29.4.03
 
Plenamente de acordo - Eduardo Prado Coelho diz o essencial: «pode-se estar contra Saddam e a sua tirania cruel e horrenda (como a Coreia do Norte, onde se espera uma intervenção decidida e enérgica dos EUA muito em breve) e estar-se também contra o modo como Bush organizou a sua forma de destruir a tirania de Saddam». - Gostei de ler: O 25 de Abril e a Liberdade. Uma "carta ao director" do Público, escrita por Flávio Mota, de Gondomar.

 
O incrível na "terra da liberdade" Os nomes dos artistas de Hollywood que se manifestaram contra a guerra no Iraque estão publicados num site, que elabora uma "Celebrity Liberal Blacklist". Da lista constam 44 nomes de actores, realizadores, músicos e intelectuais. O mais engraçado é que os autores preferiram manter o anonimato. E o que dizem estes senhores? «Aqui no Celiberal, atacamos com orgulho todos esses famosos liberais de Hollywood que não têm nada melhor para fazer do que reclamar dos EUA e dos valentes homens e mulheres que defendem o nosso modo de vida». Atentado ao "nosso modo de vida", esse que reclama a liberdade de expressão, é esta lista.

 
Pérolas A notícia já é antiga, mas só hoje me deparei com ela: «É a próxima loucura em termos de reality shows: um programa de televisão em que as celebridades são encarceradas numa prisão de alta segurança até que os espectadores votem a sua libertação. Vem aí o "Celebrity Alcatraz"». (in Diário Digital)

 
Revista dos media - SJ contesta decisão da Alta Autoridade: a AACS arquivou uma queixa feita contra a PSP, por ter impedido jornalistas da SIC de recolher imagens no Bairro da Cova da Moura, numa reportagem feita a 5 de Fevereiro de 2002. O Sindicato contestou. E é de contestar. Nota positiva para o SJ. - Futuro da RTP-África em discussão com os PALOP: a cooperação com os países lusófonos em debate, numa altura em que a situação da comunicação social na Guiné-Bissau é cada vez mais preocupante - Rádio Nacional da Guiné-Bissau à beira da greve. - Mortes de jornalistas no Iraque não vão ser investigadas: inexplicavelmente. Baixas da Comunicação Social na cobertura da guerra no Iraque (2003): (copy&paste do Diário Digital) - Veronica Cabrera, argentina, repórter de imagem da America TV - Mario Podesta, argentino, jornalista da America TV - Jose Couso, espanhol, repórter de imagem da Tele Cinco - Taras Protsyuk, palestiniano, repórter de imagem da Agência Reuters - Tareq Ayyoub, repórter de imagem da Al-Jazeera - Julio Anguita Parrado, espanhol, jornalista do jornal El Mundo - Christian Liebig, alemão, jornalista da revista Focus - Terry Lloyd, inglês, jornalista da televisão ITN - Paul Moran, australiano, repórter de imagem free-lancer - Kaveh Golestan, iraniano, repórter de imagem da BBC - Michael Kelly, norte-americano, colunista do jornal Washington Post - Kamaran Abdurazaq Muhamed, intérprete da BBC - Gaby Rado, inglês, jornalista do Channel Four - David Bloom, norte-americano, jornalista da NBC Desaparecidos: - Fred Nerac, francês, repórter de imagem da televisão ITN - Hussein Osman, libanês, intérprete da televisão ITN


28.4.03
 
Blogs A lista dos "Sítios" está em permanente construção. A Montanha Mágica já há algum tempo que lá deveria estar. Na próxima "mexida" nos "Sítios" lá figurará, juntamente com Os Suspeitos do Costume, que chegaram há uns dias à blogosfera e são já um ponto obrigatório. Entretanto, há um weblog novo que vai merecer a nossa atenção: o Gato Fedorento. Estes prometem...

 
Ainda El Comandante Deus Não Entrou em Havana é o editorial de Eduardo Dâmaso hoje no Público. Está lá tudo o que eu queria dizer. Castro nunca se humanizou. Nem nunca se humanizará. Mas Fidel não é Cuba.

 
A dupla condenação de 12 jornalistas cubanos (ou a dupla crueldade de Fidel) Em Cuba, El Comandante soma e segue. Foi sempre assim e, infelizmente, tudo indica que assim continuará a ser. Ainda em relação à prisão de vários dissentes, entre os quais jornalistas, mais uma triste notícia: "Dupla condenação" para 12 jornalistas.

 
A ler O artigo A Medição das Audiências da Internet, de Rui Gomes, Editor-Executivo da TSF Online, no Público. Uma excelente crítica aos estudos sobre a audiência da Internet em Portugal, claramente desfasados da realidade.

 
Mediocracias de fim-de-semana Cá fica um pequeno "rescaldo" do fim-de-semana dos media (nos media): - Director-geral da BBC critica media dos EUA. - Jornalistas e soldados acusados de contrabando: ao que parece, tentavam levar uns souvenirs... - Pentágono Faz Avaliação Positiva da "Incorporação" de Jornalistas: os jornalistas embedded, um novo conceito no jornalismo de guerra (já existente, mas agora "redefinido"). - Duas Novas Revistas Mensais de Viagens e Lazer no Mercado: a "Blue Travel" e a "Blue Living" vão estar nas bancas no dia 25 de cada mês, com um preço de capa de 3,75 euros. - Trabalhadores da RTP temem despedimentos: ou muito me engano, ou as coisas ainda não ficam por aqui... - Revistas "Maria", de TV e Sociedade Esmagam Restante Imprensa: a explicação pode ser Baixo Nível Cultural Pode Explicar Grande Expressão de Revistas "Cor-de-rosa" e de TV. - Imprensa regional pode ter novos cortes no porte pago.

 
De regresso Depois de uns dias a "meio gás", regressámos à blogosfera. Os "cúmplices" das Conversas de Café aproveitaram estes dias para descansar. Coimbra foi o destino. As "baterias" já estão carregadas. A emissão segue dentro de momentos. Apenas uma nota em relação a um comentário aqui submetido. Sugeria-se que o "formato temático" fosse mais definido para "entusiasmar a participação". Vamos pensar nesta sugestão. Fica registado. Mas, na verdade, o Conversas de Café tem como objectivo ser um espaço de reflexão à deriva. E especificar um tema poderia tornar-se redutor...


26.4.03
 
A meio gás O Conversas de Café está a meio gás. Mas ainda cá estamos. Sugestões, opiniões, críticas e tudo mais para conversasdecafe@hotmail.com.

 
O Teste Fiz o teste da religião. O resultado foi Secular Humanism. Significado: «- Belief in Deity: Not considered important. Most Humanists are atheists or agnostics. - Incarnations: Same as above. - Origins of universe/life: The scientific method is most respected as the means for revealing the mysteries of the origins of the universe and life. - After death: An afterlife or spiritual existence after death is not recognized. - Why evil? No concept of “evil.” Reasons for wrongdoing are explored through scientific methods, e.g. through study of sociology, psychology, criminology, etc. - Salvation: No concept of afterlife or spiritual liberation or salvation. Realizing ones personal potential and working for the betterment of humanity through ethical consciousness and social works are considered paramount, but from a naturalistic rather than supernatural standpoint. - Undeserved suffering: No spiritual reasons, but rather a matter of human vulnerability to misfortune, illness, and victimization. - Contemporary Issues: The American Humanist Association endorses elective abortion. Other contemporary views include working for equality for homosexuals, gender equality, a secular approach to divorce and remarriage, working to end poverty, promoting peace and non-violence, and environmental protection.» A lista completa: 1. Secular Humanism (100%) 2. Unitarian Universalism (91%) 3. Liberal Quakers (76%) 4. Non-theist (72%) 5. Theravada Buddhism (69%) 6. Neo-Pagan (66%) 7. Mainline - Liberal Christian Protestants (60%) 8. New Age (51%) 9. Taoism (47%) 10. Orthodox Quaker (42%) 11. Reform Judaism (42%) 12. Mahayana Buddhism (41%) 13. Bahá'í Faith (30%) 14. Sikhism (30%) 15. Scientology (29%) 16. Jainism (28%) 17. New Thought (27%) 18. Church of Jesus Christ of Latter-Day Saints (Mormons) (24%) 19. Christian Science (Church of Christ, Scientist) (21%) 20. Seventh Day Adventist (19%) 21. Hinduism (18%) 22. Mainline - Conservative Christian Protestant (18%) 23. Eastern Orthodox (15%) 24. Islam (15%) 25. Orthodox Judaism (15%) 26. Roman Catholic (15%) 27. Jehovah's Witness (12%)


25.4.03
 
A liberdade

 
Relembrar O DN faz uma resenha de 1974 a 2003. Um interessante exercício. Está lá tudo. O bom e o mau.

 
Rádio online Vêm aí a MaisFutebol Rádio. Esta estação de rádio, difundida apenas através da Internet, vai começar a emitir no dia 3 de Maio. «Vamos despertar o treinador de bancada que há em cada ouvinte», prometem.

 
Uma dúvida Porque é que a versão online do jornal Público, na secção Local, só tem disponível o Local Minho e o Local Lisboa?

 
Piada interna Este parece o weblog da Inês...

 
O delírio azul e branco E não podia ser diferente. O FC Porto está na final da taça UEFA e Portugal tem uma equipa a brilhar ao mais alto nível. Ainda bem. 21 de Maio vai ser a prova de fogo. Esperemos que o delírio seja ainda maior. E já agora, com as cores nacionais.


24.4.03
 
A sobrevivência... A Visão já está nas bancas, como habitualmente às quintas-feiras. Ainda não a li, mas chamaram-me a atenção para algo inacreditável. Ultimamente, as “publireportagens” têm saído com alguma frequência, mas sempre assinalado como publicidade. Até aqui nada de novo. Pois então imagine-se que, esta semana, há uma “publientrevista” (nem sei se o termo existe) à Presidente do Conselho de Administração de uma agência funerária! A Servilusa «aposta em oferecer um serviço integrado. Personalizado em que impera o profissionalismo e o rigor», pode ler-se no “lead” (?!). Umas páginas à frente vem uma outra “publireportagem”, daquelas do género «em apenas X semanas emagreci Y quilos». Mas essa já não é nova. Sobrevivência a quanto obrigas...


23.4.03
 
Dia Mundial do Livro

 
O ano negro da imprensa regional O Sindicato dos Jornalistas está preocupado com o número de jornalistas que têm sido despedidos nas rádios locais e imprensa regional. A degradação das condições de trabalho vêm agravar ainda mais este «ano negro». Apesar dos exemplos dramáticos a que se tem assistido (como os casos das rádios Capital, RCS e Ocidente), a Associação Portuguesa de Radiodifusão e a Associação Portuguesa de Imprensa não querem «dramatizar», como refere a agência Lusa. Mas nem tudo são más notícias. Ao que parece, o mercado publicitário deverá recuperar em 2004. Nada mau, quando os mais pessimistas vaticinavam uma terrível crise por anos a fio...


22.4.03
 
Mediocracias - A Grande Entrevista de Judite de Sousa a Carlos Fino (intitulada o Testemunho do Repórter), na RTP: muito ficou por dizer e, sobretudo, muito ficou por perguntar. O tempo era escasso, é certo. Ainda assim, arrisco a dizer que "soube a pouco". - Li no Jornalismo e Comunicação (que cita o Diário Económico) que os jornalistas Tiago Alves e Eduarda Maio vão sair da TSF, rumo à Antena 1. É a dança das cadeiras na rádio. O panorama radiofónico está, de novo, em mutação. Ainda bem. Alguns estavam quase a estagnar. Tenho pena de deixar de ouvir na Telefonia Sem Fios o Tiago Alves (quem vai fazer o Zip?!) e a Eduarda Maio, mas fica a certeza de que vão fazer um óptimo trabalho na Antena 1. Isso de certeza. - A investigadora Hália Costa Santos fez um estudo sobre a cobertura mediática do "caso Carlos Cruz". Diz a professora universitária que os jornalistas foram confrontados com «uma tarefa especialmente difícil: definir o que é notícia e o que é manipulação de informação; identificar as fontes credíveis; avaliar a veracidade não só das notícias mas também dos próprios desmentidos». Um artigo no Públicoaprofunda o assunto. E pode ler-se aqui. - "Tariq al-Chaab" ("A Voz do Povo") foi o primeiro jornal a sair às ruas de Bagdad, depois da queda do regime de Saddam Hussein. Li no Público. O jornal pretence ao Partido Comunista iraquiano (PCI) e na sua primeira edição pós-Saddam, distribuída gratuitamente, apresentou um artigo intitulado "Queda da Ditadura". O PCI era um dos mais poderosos partidos comunistas árabes até ser proibido pelo Baas, o partido de Saddam Hussein. Ironia do destino... - O blog Liberdade de Expressão diz que «ainda há duas semanas, o Ministro da Informação do Iraque era, aos olhos de muitos jornalistas portugueses, uma fonte credível». Não concordo. Mesmo nada. Mas são opiniões.

 
Dia Mundial da Terra

Sebastião Salgado - Trabalhadores 1986-92

 
A guerra na linha da frente das rádios «A TSF e a Rádio Renascença foram as emissoras de âmbito nacional que mais tempo de informação dedicaram à guerra no Iraque durante as quatro semanas do conflito. Segundo dados do serviço Telenews da MediaMonitor, estas duas rádios, a par com a RDP Antena 1 e a Rádio Comercial dedicaram, entre 17 de Março e 13 de Abril, um total de 186 horas de emissão ao conflito, o que representa cerca de 65 por cento do seu tempo noticioso. Em termos de quota de cobertura, a TSF assegurou 39,5 por cento da duração noticiosa total do tema, a Renascença 30,1 por cento, a Antena 1 da RDP 28,7 por cento, e a Comercial apenas 1,7 por cento.» (in Público)

 
A resposta e as cenas dos próximos capítulos LD prometeu e cumpriu. E hoje, no DN, lá vinha (vinha?!) a resposta a EPC. Mas Delgado avisa: «E como EPC tem a vantagem de ter o triplo da minha coluna, amanhã terminarei». Pois. Está bem. Lá vêm mais umas linhas a dissertar sobre o Lado Certo (e assim sempre se ocupam três dias... hum... não está nada mal). A "resposta" está aqui, para quem quiser ler. Comentários?


21.4.03
 
... O Fio do Horizonte, de Eduardo Prado Coelho, no Público critica o Lado Certo que Luís Delgado defende. Aliás, já o tinha referido aqui no blog. Pois fica então o convite à crónica de Delgado no DN de hoje, intitulada O lado de EPC (1). E pronto. Ficamos à espera (ou não) da crónica de amanhã.

 
Bom senso Enquanto navegava na Internet, encontrei o weblog Esmaltes e Jóias. Confesso que não conhecia. É o blog do jornalista Ilídio Martins. Li alguns posts e descobri um que me incomodou. No dia 16 de Abril, lê-se o seguinte: «O senhor Joaquim Fidalgo tentou fazer crer, na sua crónica de hoje no "Público", que não é anti-americano primário. Só que - vá lá saber-se porquê - a prosa demonstrou precisamente o contrário.» Há mais, mas para o caso é (quase) irrelevante. Ora o que me incomodou foi o facto de também eu ter lido a crónica de Joaquim Fidalgo e não vislumbrar qualquer "anti-americanismo". Já começo a ficar um pouco incomodada com estas atitudes de "8 ou 80" e "ou estás connosco ou és contra nós". Não há meios termos?! Criticar a guerra não é ser contra o povo norte-americano nem a favor do sanguinário Saddam Hussein. Parece que não há o mínimo do bom senso. Criticam-se fundamentalismos com argumentos ainda mais fundamentalistas. E em relação ao jornalista Joaquim Fidalgo, a última coisa de que o podemos acusar é de fundamentalismo. Basta ler, às quartas-feiras no Público, para perceber. Goste-se ou não. Fundamentalista é que Fidalgo não é. Já agora, só por descargo de consciência, cá fica o final do post: «Também o senhor Fernando Rosas insiste em ver, no Iraque, "cidades inteiras destruídas" e "milhares de vítimas civis dos bombardeamentos ou do fogo da tropa anglo-americana". Como diria Francisco José Viegas, um caso sério de dioptrias. Mas nem tudo são desgraças. A crónica de Vasco Graça Moura, por exemplo, é imperdível.»

 
O último suspiro E pronto, acabou o fim-de-semana prolongado. Amanhã é dia de trabalho. Este é o último suspiro destes dias chuvosos, tristes, mas com sabor a descanso. Vêm aí mais dois feriados e uma viagem. Quinta-feira, vou partir da Invicta rumo a Coimbra, a bela Briosa, a minha terra natal. Até lá, trabalha-se. A propósito de suspiros, ninguém suspira um comentário neste weblog?!

 
Blogosfera Descobri um novo weblog. Paragem de Autocarro relata as viagens do seu autor pela rede. Já está na lista de espera para os "Sítios" das Conversas de Café. Entretanto, vou espreitar as paragens que lá são referenciadas. O Replicar ainda não está nos "Sítios" não sei porquê. Amanhã entra juntamente com o novo blog. Fica a promessa. E também a garantia de que vou acrescentar todos os outros que visito regularmente e que ainda não estão na lista. Os blogs estão em franca expansão!


20.4.03
 
Pérolas II Cartoon da Visão de 17 de Abril

 
Pérolas I Encontrei duas pérolas na Focus e na TSF Online. Resolvi partilhar com quem não leu: - Tosse Genial: «Um major do Exército britânico foi considerado culpado de fazer batota na versão inglesa (a original) do concurso Quem Quer Ser Milionário. Charles Ingram, de 39 aos, conseguiu ganhar a soma final, mas a produção desconfiou das tossidelas ritmadas que se ouviram na plateia durante a prova. O caso acabou em tribunal, onde se provou que dois cúmplices do major - a mulher e um amigo - tossiam em código para lhe indicar as respostas certas». (in Focus de 16 de Abril de 2003) - Concurso: Quem quer um «pedaço» de Saddam?: «O britânico «The Sun» oferece aos seus leitores a chance de «ganhar um pouco de história»: uma porção da estátua de Saddam derrubada em Bagdad. Basta entrar num concurso, cuja dificuldade está ao nível do conhecido «tablóide».«Que país Saddam Hussein invadiu em 1990, desencadeando a primeira Guerra do Golfo?». O grau de dificuldade da resposta é a distância que separa os leitores do britânico «The Sun» de «ganhar um pouco de história», ou seja, um pedaço da estátua de bronze de Saddam Hussein derrubada pelos «marines» norte-americanos no passado dia 9, quando tomaram o centro de Bagdad. O pedaço de história foi cedido por um «marine» ao enviado do tablóide britânico à capital iraquiana, Paul Thomson, que enrolou cuidadosamente esse vestígio do regime numa peça de roupa bem escondida no fundo do seu saco de repórter de guerra.» (in TSF Online, aqui)

 
Notícias dos fazedores de notícias - É notícia, pelas piores razões, o jornalista palestiniano Nazeh Daraouzi, de 42 anos. O repórter de imagem, que trabalhava para agência norte-americana Associated Press (AP) e para a televisão pública palestiniana, foi morto em Nablus, na Cisjordânia. Um soldado israelita, a 20 metros de distância de Daraouzi, baleou-o na cabeça. A organização Repórteres Sem Fronteiras já exigiu a realização de um inquérito sobre as circunstâncias em que ocorreu a morte do operador de câmara palestiniano. - Os media norte-americanos estão a invadir Bagdad. Los Angeles Times, Boston Globe, USA Today e os títulos do grupo Knight Ridder _ Philadelphia Inquirer, San José Mercury News e Miami Herald Tribune são apenas alguns dos jornais que já abriram escritórios temporários na capital iraquiana. O objectivo é acompanhar o pós-guerra e a reconstrução do Iraque. As principais cadeias de televisão também já estão a seguir o exemplo. Esperemos é que não se tenham de mudar de malas e bagagens para a Síria brevemente...

 
Apontamentos de fim-de-semana Como de costume, devorei jornais e revistas este fim-de-semana. Aproveito para referir apenas dois ou três pontos que achei interessantes (não obstante outros tantos): - A Pluma Caprichosa de Clara Ferreira Alves, na Única (Expresso), intitulada O Americano Típico. Uma crónica sobre Michael Moore, o realizador de Bowling for Columbine, e não só: «Michael Moore não é anti-americano. Michael Moore é um americano típico, uma daquelas personagens bigger than life, que não olha a meios para justificar os fins e que acredita que o mundo amanhã será melhor se ele se mexer. Concordo, mas há mais: «Moore tem duas coisas que a América nunca pode repudiar: razão e talento». - A reportagem O fim de uma época, de Maria Teresa Oliveira com fotografias de Alberto Frias, na Única (Expresso). Relembrar o esplendoroso Hotel Estoril Sol, que encerrou definitivamente no passado dia 15. - A fantástica reportagem de Ana Soromenho sobre o direito das crianças com deficiência à educação inclusiva. Em Diferentes entre iguais fica provado porque se tem de acabar com o "ghetto" do ensino especial. Um nota francamente positiva. - A crónica feminina de Inês Pedrosa na Única, intitulada A "péssima conduta" das ditaduras. Estamos plenamente de acordo. - Manuel Alberto Valente assina um excelente artigo de opinião no Públicode sábado. E Agora, José? (Recordando José Cardoso Pires) diz tudo. Aconselha-se uma leitura aqui. Arrisco apenas um copy&paste: «1. 25 de Abril de 1974. Finalmente cansados dos longos anos de ditadura em Portugal (que no entanto apoiaram de modo mais ou menos explícito), os Estados Unidos concentram tropas no Algarve e no Minho e avançam rapidamente para Lisboa, sem encontrar uma resistência digna de registo. O regime cai e um general norte-americano é encarregado de presidir a uma junta governativa, sob o pretexto de que, após um longo período de obscurantismo e atraso, o povo português não está preparado para tomar nas suas mãos o destino do país. Passados os primeiros momentos de satisfação popular pela queda do ditador, as elites intelectuais e políticas interrogam-se sobre o significado de uma ocupação estrangeira que não foi solicitada e cuja continuação nada justifica. No entanto, só quatro anos depois terão lugar as primeiras eleições livres, que dão a vitória a um partido criado e apoiado pelas forças ocupantes». - «A informação da RTP1 chegou ao fim da terceira semana de campanha militar no Iraque com um balanço positivo em várias frentes. As audiências dos noticiários da noite, dos noticiários da tarde e das rubricas informativas especiais sobre a guerra subiram na RTP1 no conjunto das quatro semanas findas em 9 de Abril, tendo a estação terminado este período com valores superiores aos seus concorrentes SIC e TVI. ». Lê-se no Público de sábado. Aproveito e congratulo Carlos Fino e Nuno Patrício que, entretanto, já regressaram do Iraque. E que estórias devem ter para contar. (e muito fica por referir)

 
Ainda a Visão Só algumas notas: - Explicação aos paisanos: a indispensável crónica de António Lobo Antunes; - A reportagem A Hora da Verdade, de Rui Costa Pinto e Aúrea Sampaio, sobre o Paulo Portas e o "Caso Moderna". Terá chegado a hora de Portas? Vejam-se algumas das afirmações de José Braga Gonçalves: Não faz sentido assumir algumas coisas que não fiz Portas falou-me da ideia de criar um centro de sondagens Sei zero sobre o que se passava na Amostra A Amostra é uma questão de Paulo Portas A Amostra recebia muito em dinheiro, mas nunca deixei de passar cheques A Amostra recebia dinheiro a mais, em relação ao previsto no protocolo, que não era para pagar aos alunos Há um cheque à volta de dois mil contos para a Amostra, mas que serviu para pagar uma casa ou obras na casa de Paulo Portas Era preciso pagar os ordenados e ninguém conseguia encontrar Paulo Portas - O Comentário de Cárceres Monteiro desta semana, intitulado "Os talibans de Bagdad": «Apesar de avisados, os marines não acharam necessário salvar o Museu de Bagdad» (pois, o único edifício público protegido pelos marines foi o Ministério do Petróleo) - O artigo Novas regras a caminho, sobre a adopção. Já na semana passada Daniel Sampaio escrevia na revista XIS sobre o assunto. A nova Lei da Adopção da ministra Celeste Cardona merece uma rasgado elogio. - O Dossier Guerra, com especial destaque para o já referido artigo de Freitas do Amaral (Dez Perguntas Incómodas), a crónica de Pedro Sousa Pereira (enviado especial da SIC a Bagdad) - Um chinês na Praça do Paraíso, o artigo de opinião de Luís Almeida Martins intitulado Antiguidades Mesopotâmicas: o saque da vergonha, o testemunho de Paulo Camacho (As guerras que vivi), a crónica do jornalista da BBC John Simpson (A vitória valeu isto? Não tenho a certeza). - O artigo Terapia pela música, de Clara Soares. A reabilitação de crianças com deficiência através da música.

 
Dez perguntas incómodas ou os Dez Mandamentos de Freitas Na última revista Visão, Freitas do Amaral faz "Dez Perguntas Incómodas". Aqui ficam, à consideração: «1. Porquê tamanha euforia? Nâo diziam ter a certeza de que a vitória americana era inevitável? 2. Acham que a vitória militar apagou, para sempre, a iligitimidade desta guerra? 3. Viram as multidões iraquianas nas ruas de Bagdad, vitoriando os seus supostos libertadores, ou contentam-se com umas dezenas de garotos aos pulos, no meio de uma cidade deserta? 4. Acham bem que o novo poder que ocupa Bagdad falhe logo na sua primeira obrigação, que é manter e assegurar a ordem pública, e consinta durante dias seguidos a anarquia e as pilhagens? 5. Como é que a poderosa máquina militar e de informações dos EUA não consegue saber o que aconteceu ao Presidente, ao Governo, ao Partido e às chefias militares do Iraque? Morreram ou refugiaram-se nalguma montanha para prosseguirem a luta por meio de guerrilha? Não sabem ou não nos querem dizer? 6. Cadê as famosas NQB - nucleares, químicas ou biológicas? Tinham de existir para justificar o início da guerra, mas são dispensáveis após a vitória militar? 7. O Iraque era assim tão perigoso que só resistiu três semanas e nem sequer deu luta na entrada dos americanos em Bagdad? Afinal, os EUA sabiam que o país era fraco - e mentiram-nos o tempo todo -, ou não sabiam e têm uma CIA completamente incompetente? 8. Como podem os nossos democratas credenciados considerar que Tony Blair emergiu desta guerra como «grande estadista europeu», quando ele dividiu seriamente a Europa, foi sempre a reboque dos EUA e - sem ponta de humanismo - admitiu expressamente vir a usar armas nucleares contra o Iraque? 9. Algum jornal português, mesmo de referência, se insurgiu contra a censura militar total a que os EUA submeteram o mundo, nunca mostrando batalhas em curso, ou edifícios destruídos, mas apenas tanques vitoriosos a entrar em cidades já conquistadas ou soldados charmosos a fazer conversa com o poucos iraquianos que falam alguma coisa de inglês. 10. O que virá agora a seguir? Um governador militar americano no Iraque? Um forte apelo à comunidade internacional para que ajude a pagar os estragos de que os EUA e a Grã-Bretanhã são exclusivamente responsáveis? Ou, como anunciava, com orgulho imperial, o conspícuo New York Times, há dias, será que o Presidente Bush se sente tão reforçado com a guerra do Iraque que já está à vontade para avançar agora com o seu plano global de ataques contra o Irão e contra a Coreia do Norte? A começar pela Síria, não é verdade?»


19.4.03
 
Fim-de-semana e festividades Este fim-de-semana para mim é apenas isso mesmo: um fim-de-semana prolongado. Por isso, tenciono manter-me por aqui, na blogosfera. A quem festeja esta época (seja Páscoa, Pesach ou outra festa religiosa) desejo uns dias bem passados.

 
Linhas direitas... que saem tortas Luís Delgado escreveu quinta-feira no DN um artigo intitulado "No Lado Certo". Confesso que já nem leio o que este senhor escreve, mas uma chamada de atenção no weblog Jornalismo e Comunicação levou-me até ao dito artigo. Li e ri até mais não. Hoje Eduardo Prado Coelho, no seu Fio do Horizonte no jornal Público, faz uma referência ao assunto. Não podia estar mais de acordo: «É verdade que Luís Delgado escreve uma coluna que se intitula "Linhas direitas", o que certamente pressupõe que o campo da direita é o lado certo da história. Mas devo dizer que, contra a opinião de muitos, as suas posições me merecem respeito: penso que são convictas e sinceras. Mas isso não me impede de considerar que Luís Delgado defende de tal modo a direita americana (porque os americanos são sempre a sua grande e quase exclusiva referência) que acaba por lhe prestar um mau serviço (tal como a defesa incondicional que Vasco Graça Moura faz dos governos PSD se volta contra esses próprios governos). O que Luís Delgado escreveu durante a guerra do Iraque parecia a redacção de uma criança a relatar guerras de soldadinhos de chumbo.»

 
MST e o Inaceitável Miguel Sousa Tavares escreve no Público de sexta-feira (Santa para uns, de férias para outros) um artigo intitulado "O Inaceitável". Está lá tudo o que me apetece dizer sobre esta guerra e o mundo. O "nosso" e o "deles". Arrisco um pequeno copy & paste: «Nós não podemos aceitar a imagem do pequeno Ali, de 12 anos de idade, deitado numa enxerga de um hospital saqueado de Bagdad, com o tronco coberto de um creme branco para tentar sarar as feridas de um corpo queimado e dois cotos de ligaduras sujas no que resta de dois braços ceifados quase ao nível dos ombros. Nós não podemos aceitar, sem um arrepio de vergonha, o seu esforço de uma dignidade indizível para não chorar, quando confessa que "nem as montanhas são capazes de aguentar tanto sofrimento como o meu". Nós não podemos enfrentar o seu olhar de animal ferido na ratoeira quando, contra tudo, contra aquele resto de corpo e de vida que lhe sobra, nos diz só ter dois desejos: recuperar os braços para poder trabalhar e voltar a ver os seus irmãos - os seus irmãos e primos que, juntamente com o pai e mãe, morreram na noite em que a sua casa foi bombardeada por um míssil, despejado lá dos céus por um piloto americano sem rosto, sem identidade e sem verdadeira noção do que fazia. Que resposta terão os entusiastas defensores desta guerra, quando o que resta da vida, do corpo, das memórias, do passado e do futuro do pequeno Ali os interpela: "É isto a libertação?" Nós não podemos aceitar o sofrimento de Ali, da mesma forma que não aceitamos o sofrimento das vítimas da barbárie do 11 de Setembro. Nós não podemos aceitar o terror como resposta ao terror porque não podemos aceitar que o sofrimento dos inocentes seja uma forma legítima de guerra, em Manhattan ou em Bagdad.»

 
O Prémio A jornalista Isabel Machado, da revista "Lux Woman", foi distinguida pela Liga Portuguesa Contra o Cancro com o prémio "Em Nome da Vida/Maria Augusta Silva". O artigo distinguido intitula-se "Esperança de Vida", foi publicado em Junho de 2002 e aborda a questão do cancro infantil.

 
Quem é Mais Inteligente? «A TVI está a preparar aquela que considera ser a operação televisiva do ano: um teste de quociente de inteligência (QI) que, através da Internet, TV interactiva e mensagens de telemóvel pretende envolver todo o país. A experiência já foi testada, com êxito, em diversos países e consiste numa sucessão de perguntas a que todos podem responder para medir o QI. "Quem é Mais Inteligente?", programa único com a duração de cerca de quatro horas, será apresentado por Teresa Guilherme e Júlio Magalhães a 11 de Maio. Em estúdio estarão 250 pessoas, seleccionadas por empresas de "casting", agrupadas de acordo com profissões ou características físicas que, na mitologia popular, costumam estar associadas a inteligência ou burrice. É a hora do tira-teimas para professores e estudantes; loiras e carecas; taxistas e funcionários públicos. Para apimentar a emissão, uma dezena de convidados "VIP" aceita testar os neurónios em directo. (in Público) sem comentários...

 
O fim do silêncio Carlos Cruz quebrou o silêncio. Numa carta escrita no estabelecimento prisional, o apresentador faz acusações e deixa questões no ar. Eu confesso que continuo com as mesmas dúvidas. Será que algum dia vamos perceber tudo o que se está a passar?


17.4.03
 
Questionários viciados Rendi-me e lá fiz o dito questionário sobre a orientação política das pessoas, que tanto anda a baralhar a blogosfera portuguesa. Novidade das novidades: deu-me o mesmo que a (praticamente) toda a gente - Libertária de Esquerda. Ao que parece e de acordo com o quadro que é apresentado, sou o Gandhi na versão feminina! As minhas coordenadas são: Economic Left/Right: -6.25 e Authoritarian/Libertarian: -7.08.

 
Coisas e Loisas II (o Blogger está impossível) (...) "dizia" eu que, a propósito do Dia Mundial da Voz, me vem uma frase familiar à memória: «pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir» (Francisco Amaral - Íntima Fracção. 5. Leituras na diagonal. Um dilema. Que livro pegar? ... vou aproveitar o feriado para compor a biblioteca. E espero que para ficar com as leituras em dia também. 6. Conheci um menino. Um miúdo. Quer ser padre. Explicou-me porquê. Tem um discurso fluído e coerente. Uma fé inabalável. Invejei-o por não saber o que é isso. Admiro-o. Perguntou-me tudo. O mundo. As guerras. Os homens. Achava que eu sabia tudo. Perguntou-me porque escolhi ser jornalista. Não lhe soube explicar. Ele arriscou uma definição: os olhos do mundo. Fiquei a pensar.

 
Coisas e Loisas 1. O post anterior ilustra como está a funcionar a administração deste weblog... ainda assim, consegui acrescentar os links que já havia referido nos "Sítios" das Conversas de Café. 2. Nas habituais leituras "bloguisticas" encontrei uma pérola no Cruzes Canhoto: uns espertinhos estão a organizar uma campanha para retirarem o Óscar a Michael Moore, o realizador do documentário Bowling for Columbine. Vejam o site! 3. Entretanto, na caixinha de comentários dos Canhotos, alguém indica um link para uma petição verdadeiramente estúpida! Vejam aqui. 4. Quarta-feira foi o Dia Mundial da Voz. E neste momento, lembro-me dos homens e das mulheres da rádio. E vêm-me à memória uma frase familiar


16.4.03
 
a


15.4.03
 
24 Horas na boca do mundo... "O milionário egípcio Mohamed Al Fayed está a processar um jornalista, o antigo chefe de redacção e o antigo director do "24 Horas" pelo crime de difamação. O jornal publicou, em Abril do ano passado, uma notícia acerca do possível envolvimento do milionário num caso de tráfico ilegal de urânio 235 enriquecido que contaria com a participação de um cidadão português. O conteúdo do artigo desagradou ao milionário, que resolveu apresentar queixa por difamação. Al Fayed argumenta que não está relacionado com o caso do urânio, que o seu nome foi achincalhado e que os títulos utilizados são gravosos para a sua imagem." (in Público 15 de Abril 2003)

 
Vamos jogar às cartas?

 
Blogosfera Assim que possível, os "Sítios" das Conversas de Café vão sofrer alterações. Vou acrescentar alguns weblogs portugueses, a saber: - Silhuetas - O Complot - Blogue dos Marretas - Cruzes Canhoto - A Memória Inventada - Soda Cáustica - Prazer Inculto - Ponto Media - Espigas - Palavrar - Escrita Automática - Tudo menos política - Crónicas da Terra Nota: não há qualquer ordem na disposição dos links. Estes já cá deviam estar há mais tempo, porque são de leitura "blogística" (quase) diária. Amanhã espero já ter os novos links na caixinha dos nossos "Sítios". Mais tarde, outros virão.

 
SAPO e SIC Li no Diário Digital: "A SIC e a PTM.com assinaram esta segunda-feira uma parceria que visa a integração dos conteúdos do universo SIC no portal SAPO. Com este acordo, anunciado esta segunda-feira em comunicado, todos os canais da SIC (generalista, Notícias, Radical, Gold, Online e Mulher) vão estar disponíveis num novo canal da banda larga do SAPO a lançar brevemente. O novo canal terá alguns conteúdos exclusivos para os clientes da Banda Larga do Grupo PT, assim como vários conteúdos pagos".


14.4.03
 
El Comandante II Ainda sobre a deteriorização dos direitos humanos em Cuba: veja-se uma notícia da TSF Online, que dá conta da posição do Partido Comunista chileno sobre as execuções na ilha de Fidel: "Fidel foi «obrigado» a executar «terroristas»": "O Partido Comunista chileno afirma que Fidel Castro foi obrigado a executar os três «terroristas» que desviaram um «ferry» na costa de Havana por causa do imperialismo dos Estados Unidos". O resto da notícia está aqui.

 
El Comandante I Fidel Castro mandou executar três homens que desviaram um ferry para rumarem aos Estados Unidos. Finalmente, começa a ser unânime que El Comandante não tem o mínimo respeito pelos direitos humanos (infelizmente tantas vezes demonstrado). Mas a novidade é que até o último dos mocainos pró-Fidel, o Nobel José Saramago, se afirmou "desiludido" com o regime de Castro. Até hoje não consigo perceber como é que tantos homens e mulheres da Cultura se deixaram "apaixonar" por Fidel e o seu regime maldoso. Provavelmente, dir-me-ão, não tenho idade para perceber tal fenómeno. Talvez. Mas parece-me que já chega. O homem faz a Revolução e depois torna-se pior do que Batista?! E quem trava Castro? Ninguém, porque de um modo ou de outro, o regime de El Comandante até interessa, nem que seja sobre a capa de incómodo.

 
... Mario Podésta, jornalista argentino, morreu esta tarde num acidente de viação. Uma outra jornalista argentina, Verónica Cabrera, ficou gravemente ferida. O editor de imagem da SIC Rui do Ó também seguia na viatura, tendo saído (felizmente) praticamente ileso. Ainda não está confirmado se o acidente deste carro (que seguia numa coluna de jornalistas que se dirigiam de Amã, Jordânia, para Bagdad) foi provocado por disparos, escutados por algumas testemunhas. É mais uma morte trágica e absurda. Um esclarecimento: obviamente não menosprezo as mortes civis e até nem mesmo as de militares. Mas preocupa-me ver a situação dos jornalistas nesta guerra que, tal qual peões, que vão caindo, às vezes porque até dá jeito. Desde o início da ofensiva militar no Iraque, já morreram 12 jornalistas. "Roubei" do Público a seguinte informação: Jornalistas mortos no Iraque: 14 de Abril Mario Podésta, colaborador da America TV – o repórter argentino morreu na sequência de um acidente de viação, quando a comitiva de carros em que seguia se dirigia para Bagdad. 8 de Abril Taras Protsyuk, Reuters – o operador de câmara, 35 anos, de nacionalidade ucraniana, da agência britânica não resistiu aos ferimentos provocados pelo ataque de um tanque norte-americano ao hotel Palestina, onde se encontram alojados a maioria dos jornalistas internacionais em Bagdad. José Couso, Telecinco – o operador de câmara da televisão espanhola morreu durante uma operação de emergência depois de ter ficado gravemente ferido no ataque ao hotel Palestina. 7 de Abril Julio A. Parrado, “El Mundo” – o jornalista espanhol morreu depois de um míssil iraquiano ter atingido a Segunda Brigada da Terceira Divisão da Infantaria norte-americana. Christian Liebig, “Focus” – o repórter alemão morreu no mesmo ataque que Parrado. 6 de Abril David Bloom, NBC – o jornalista morreu, aos 39 anos, de causas naturais (embolia pulmonar). 4 de Abril Michael Kelly, “The Washington Post” – morto, aos 46 anos, num acidente de viação quando seguia no veículo Humvee, que caiu num canal quando tentava fugir aos tiros iraquianos na mesma altura em que os norte-americanos chegavam ao aeroporto da capital do Iraque. 2 de Abril Kaveh Golestan, BBC – o repórter gráfico iraniano, de 52 anos, morreu na sequência da explosão de uma mina Kifri. 30 de Março Gaby Rado, Channel 4 (grupo ITN) – o jornalista, de 48 anos, morreu depois de ter caído do telhado do hotel Abu Sanaa de Suleimaniya (Curdistão). As circunstâncias da sua morte estão ainda por apurar. 22 de Março Paul Moran, ABC – o jornalista australiano, 39 anos, morreu na explosão de um táxi bomba no Curdistão iraquiano. Terry Lloyd, ITN – o repórter britânico, de 50 anos, era considerado um veterano. Morreu durante uma troca de tiros perto de Bassorá, tendo sido atingido, possivelmente, por tiros da coligação anglo-americana. Não me canso de repetir e faço-o novamente: estou orgulhosa dos jornalistas portugueses. Considero que têm sido isentos (na medida do possível) e grandes profissionais. Todos sem excepção. Tenho acompanhado desde o início o trabalho de praticamente todos os enviados especiais dos vários órgãos de informação à região (não apenas ao Iraque) e penso que têm estado à altura da missão que lhes foi destinada. Uma palavra para todos os outros jornalistas, de um lado e de outro da barricada, para os mais independentes e para os menos: a coragem de todos é admirável. E pensemos bem: mesmo que consideremos que o que fazem mais não é que propaganda (e existem, dos dois lados, muitos órgãos que o estão a fazer), que coragem é preciso para estar no meio de uma tempestade daquelas.

 
Eu vi! O secretario de Estado da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, foi peremptório: "vimos testes de armas químicas na Síria nos últimos 12 a 15 meses". "Meninos, eu vi!"

 
Olha a Áustria a pedi-las.... Li no Público Última Hora a seguinte notícia: Haider garante que ministro iraquiano Naji Sabri "está em segurança": "O ministro iraquiano dos Negócios Estrangeiros, Naji Sabri, “está em segurança”, afirmou hoje o antigo líder da extrema-direita austríaca, Joerg Haider, que o considera “um amigo pessoal”. Durante uma entrevista concedida a uma rádio privada austríaca, a Krone Hit, Haider declarou que Sabri “se encontra em segurança”, mas que “não está na província austríaca de Caríntia”, da qual é governador. “Ele tem boas relações em todo o mundo; não nos devemos preocupar por ele”, afirmou Haider, que ontem à noite renovou, na televisão nacional austríaca, a sua proposta de asilo na Caríntia para Naji Sabri. Naji Sabri era embaixador do Iraque em Viena antes de se ter tornado chefe da diplomacia de Saddam Hussein. Joerg Haider qualificou-o de “amigo pessoal” e “homem de grande cultura”. A Áustria já está a pedi-las...

 
CNN recorre a guardas armados Os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) consideram que um "perigoso precedente" o facto da CNN ter recorrido a seguranças armados para protegerem os seus jornalistas no Iraque. Ontem, quando o comboio de veículos em que seguiam foi atacado, perto de Tikrit, os guardas da estação norte-americana ripostaram. Em comunicado, os RSF alertam para o facto de o recurso a seguranças privados só vir a aumentar a confusão entre quem são os repórteres e os combatentes. Perante isto, fica a dúvida: teriam os seguranças da CNN respondido ao "fogo amigo" contra o Hotel Palestina? Os jornalistas passam a estar de um dos lados da barricada? E se, no meio das tempestades de areia, as tropas da coligação lançarem uma balas "amigas" contra os repórteres da referida cadeia de televisão? Podemos esperar um campo de batalha entre militares e jornalistas?

 
BB Gostei de ler a entrevista de Eduardo Dâmaso, do Público, a Baptista-Bastos. Literatura e política para ler e ponderar.

 
A verdade a nu Este fim-de-semana fui ver Bowling for Columbine, de Michael Moore. Numa sala quase vazia, assisti a um filme pouco isento, mas profundamente esclarecedor. Moore apresenta a sua visão dos factos, faltando algum rigor para um documentário. Mas espelha bem a sociedade norte-americana de hoje. O medo constante, fabricado por uns e outros, está ali. A verdade nua e crua de uma sociedade num filme (não arrisco documentário) estimulante. Uma nota francamente positiva para Bowling for Columbine. PS: depois do interregno do fim-de-semana, a emissão continua dentro de instantes, tal qual uma conversa de café.


11.4.03
 
A ler ... o editorial desta sexta-feira do Público. José Manuel Fernandes escreve em "Sem Outra Porta por Onde Sair" o que eu penso sobre o o tema "Paulo Portas e o Caso Moderna": "As novas suspeições levantadas pelo depoimento de José Braga Gonçalves fazem com que hoje só haja uma porta para Paulo Portas: a que conduz à saída imediata do Governo. É a porta das traseiras. Se não tiver a coragem de a atravessar, será frito em lume brando e, num grau bem mais elevado, fará o que Isaltino disse querer evitar com a sua demissão: provocará um imenso desgaste político no Governo e na maioria. Escrever isto não resulta de qualquer certeza sobre o grau de culpa de Paulo Portas na eventual gestão danosa dos dinheiros da Universidade Moderna, nem sequer uma avaliação definitiva sobre a sua impreparação ou irresponsabilidade a tratar com cheques, vales, dinheiros, pagamentos ou letras. Resulta apenas de um julgamento político: ninguém pode ocupar o lugar de Paulo Portas carregando o fardo de tantas suspeições. Isso é mau para ele, mau para o seu Governo e, sobretudo, mau para a confiança que os portugueses têm na democracia e na limpidez de métodos de quem ocupa cargos públicos". Nem mais.


10.4.03
 
Uma imagem


9.4.03
 
Um intervalo A Internet tem coisas "que não lembram ao diabo". Veja-se o exemplo do site "Pagador de Promessas". Trata-se de um senhor que "percorre, por si, o Caminho de Lisboa a Fátima a pé e transporta consigo os agradecimentos ou pedidos a Nossa Senhora de Fátima". O site explica tudo ao pormenor, inclusive porque têm as pessoas de pagar a este homem de boa fé. A explicação é "convincente", senão vejamos: "também têm que fazer um sacrifício e ao pagarem estão também a darem algo seu". E que garantias? "Garantias, garantias não há. É um acto de confiança, no entanto há um certificado que dou, carimbado durante o percurso que serve de comprovativo e recordação». Vale a pena espreitar aqui.

 
Uma pergunta Há uns tempos recebi um email interessante. Cá vai a reprodução: Eis aqui a lista dos países que foram bombardeados pelos Estados Unidos, após o fim da 2a Guerra Mundial: China 1945-46 Coreia 1950-53 China 1950-53 Guatemala 1954 Indonésia 1958 Cuba 1959-60 Guatemala 1960 Congo 1964 Perú 1965 Laos 1964-73 Vietname 1961-73 Cambodja 1969-70 Guatemala 1967-69 Granada 1983 Líbia 1986 El Salvador anos 80 Nicarágua anos 80 Panamá 1989 Iraque 1991 Sudão 1998 Afeganistão 1998 Jugoslávia 1999 Afeganistão 2001 PERGUNTA : Em quantos destes paises, os bombardeamentos fizeram emergir um governo democratico, respeitador dos Direitos Humanos ? Respostas, opiniões e tudo mais para conversasdecafe@hotmail.com

 
Ainda os jornalistas portugueses na guerra O jornalista da TVI Vítor Santos, colaborador do weblog Jornalismo e Comunicação, está na Turquia a fazer a cobertura da guerra no Iraque e escreveu uma crónica no blog. Aproveito a referência para elogiar a coragem e a ética com que todos os enviados portugueses à região estão a cobrir esta guerra. A isenção tem predominado. Só espero que regressem todos a salvo.

 
Jornalistas portugueses na guerra Com a chegada das forças norte-americanas ao centro de Bagdad, o caos instalou-se na cidade. Seis jornalistas portugueses e uma jornalista búlgara foram assaltados e agredidos por milícias iraquianas, quando faziam um reconhecimento da cidade. Os enviados da RTP, Carlos Fino e Nuno Patrício, os jornalistas da SIC Pedro Sousa Pereira, José Ribeiro e Silva, Rafael Homem e Daniel do Rosário (enviado especial Renascença/Expresso) não ganharam para o susto. Foi a aproximação de homens do partido Baas, de Saddam Hussein, que impediu que o incidente tivesse outro desfecho. «A situação está mais calma, e caso não haja degradação das condições de trabalho, a ideia é ficarmos aqui até que a primeira fase da guerra do Golfo esteja concluída», afirmou Carlos Fino. Os restantes jornalistas também reiteram a vontade de continuar. Em Bagdad está também a enviada especial da TVI, Carmen Marques. As agências noticiosas internacionais relataram outros incidentes semelhantes com jornalistas ocidentais, alguns dos quais terão mesmo sido levados para instalações do Partido Baas na capital iraquiana. Os jornalistas foram aconselhados a abandonar a capital iraquiana, depois da Cruz Vermelha ter comunicado que não conseguia garantir a segurança para estes saírem de Bagdad. Na terça-feira, o Hotel Palestina, onde estão alojados cerca de 200 jornalistas internacionais, foi alvo de disparos norte-americanos. O ataque provocou dois mortos e três feridos. As forças norte-americanas estiveram, entretanto, a cercar os escritórios das televisões árabes Al-Jazeera, do Qatar, e Abu-Dabhi. Os jornalistas emitiram vários pedidos de SOS. Há a registar um jornalista morto da cadeia de televisão do Qatar. Nota: Este é um excerto do Em Foco especial que colocámos hoje no AEIOU.

 
Bagdad a saque A capital iraquiana está completamente a saque. As imagens das televisões árabes e ocidentais mostram a população a pilhar tudo o que encontra pela frente. O caos instalou-se em Bagdad. Quem é, afinal, a autoridade? Do regime de Saddam Hussein não há informações. A oposição iraquiana em Londres diz que talvez tenham fugido para Tikrit, a terra natal de Saddam. As forças norte-americanas tentam a todo o custo conquistar a população e destruir os símbolos do regime - que teimam em ficar: a estátua de Hussein não queria vergar... Mas afinal o que se passa em Bagdad? Se o objectivo é impor a democracia, quais são as medidas?


8.4.03
 
Dia negro Ou melhor, dias negros. São os dias negros do jornalismo. Desde o início da guerra no Iraque (20 de Março), já morreram 11 jornalistas. "Fogo amigo", erros de alvo, bombardeamentos cirúrgicos às "forças da propaganda". Em Cuba, El Comandante voltou à carga: mandou prender todos os que acreditavam e se batiam pelo projecto "Varela" (que defende a reforma do Estado). O Público publica a lista dos nomes. Repito-a aqui: Jornalistas detidos Victor Rolando Arroyo, agência UPECI (Pinar del Río) Pedro Argüelles Morán, agência CAPI (Ciego de Avila) Mijail Barzaga Lugo, jornalista “freelancer” (Havana) Carmelo Díaz Fernandez, jornalista “freelancer” e sindicalista (Havana) Oscar Espinosa Chepe, jornalista “freelancer” e economista (Havana) Adolfo Fernández Sainz, da agência Pátria e correspondente em Cuba da agência russa Prima. Miguel Galván, agência Havana Press (Güines) Julio César Alvarez, jornalista “freelancer” (Havana) Edel José García Díaz, jornalista “freelancer”, antigo director da agência Centro Norte Press (CNP, Havana) José Luis García Paneque, director da agência Libertad (Las Tunas) Ricardo González Alfonso, editor da revista “De Cuba” e correspondente dos RSF (Havana) Alejandro González Raga, jornalista “freelancer” (Havana) Juan Carlos Herrera Acosta, jornalista “freelancer” (Havana) Hector Maseda, agência Grupo de Trabajo Decoro (Havana) Mario Enrique Mayo, director da agência Félix Varela (Camagüey) Normando Hernández, director da agência Independant College of Journalists (Camagüey) Jorge Olivera Castillo, director da agência Havana Press (Havana) Pablo Pacheco Avila, agência CAPI (Ciego de Avila) Fabio Prieto Llorente, jornalista “freelancer” (Havana) José Gabriel Ramón Castillo, jornalista “freelancer” (Santiago de Cuba) Raúl Rivero Castañeda, director da agência Cuba Press (Havana) Omar Rodríguez Saludes, director da agência Nueva Prensa (Havana) Omar Ruiz, agência Grupo de Trabajo Decoro (Havana) Manuel Vazquez Portal, agência Grupo de Trabajo Decoro (Havana) Dois outros jornalistas estão alegadamente em prisão domiciliária: Roberto García Cabreras, jornalista “freelancer” (Havana) Adela Soto Alvarez, agência Nueva Prensa (Pinar del Río) Os Repórteres Sem Fronteiras estão sem mãos a medir. Cada vez mais, o jornalismo é um alvo a abater...

 
As Rádios O panorama radiofónico português vai sofrer alterações. 1. A Antena 1 vai apostar mais na informação. Entre as 10h00 e as 11h00, vem aí "Antena Aberta", um fórum aberto à discussão. A hora de almoço vai ser dedicada à informação local e regional. São reeditados programas como "A Menina Dança", de José Duarte, "O Escrita em Dia", de Francisco José Viegas, e o "Sol da Meia-Noite", de Luís Filipe Barros. "A rádio que evidencia o que de melhor significa ser português" é o slogan da campanha de renovação da Antena 1. 2. A Media Capital vai relançar o Rádio Clube Português no lugar da "Nostalgia". Música tranquila e interactividade com os ouvintes vão ser as bases desta rádio, que vai tentar fazer concorrência à Renascença. "Sinta-se em casa" é a ideia chave. A "Nostalgia" vai passar a emitir apenas na Internet, integrada no Cotonete, o portal de rádio do grupo Media Capital.

 
A notícia do dia... Lê-se no Público de hoje: "Sobrinho de Isaltino Morais É Taxista". Diz a notícia: "Os 452 mil euros que estão nas três contas bancárias suíças em nome de Isaltino Morais são do sobrinho do ex-ministro que os poupou desde que reside naquele país. A TVI encontrou ontem o familiar do ministro que se demitiu na passada semana depois do semanário "Independente" ter noticiado o incumprimento das obrigações fiscais. Apesar de Leandro Alves - filho da irmã de Isaltino Morais - se ter recusado a falar, a sua mulher assegurou à TVI que a conta pertence ao casal e era resultante das poupanças amealhadas nestes anos. Leandro Alves é taxista, vivendo num bairro modesto de Genebra, o bairro de Carrouge". No poupar é que está o ganho...

 
Blogosfera Desde que comecei nestas andanças da "blogosfera", tenho andado a espreitar vários blogs. Muitos passaram a ser de leitura obrigatória. Mas agora já são tantos que quase me perco em leituras "blogueiras". Recordo-me de, há um quase um ano atrás, ter experimentado criar um weblog. Ainda quase não havia portugueses. Hoje fico contente por ver que a realidade mudou, e que os blogs são utilizados pelos portugueses como uma forma de pensar. O facto de haver alguns apontadores de blogs é também muito interessante. Os portais portugueses também já começaram a criar directórios de weblogs. No AEIOU também tivemos essa preocupação. A "blogosfera" portuguesa vai de vento em popa!

 
Pulitzer Já são conhecidos os vencedores dos prémios Pulitzer 2003. A lista está aqui.

 
Parabéns II A Íntima Fracção, de Francisco Amaral, está há 19 anos em antena. "Pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir". Tem sido assim, primeiro na Antena 1 e depois na TSF, que a IF atravessa as ondas da rádio. Aos sábados, da 01h às 03h. Parabéns.

 
Parabéns I O weblog Jornalismo e Comunicação fez ontem (7 de Abril) um ano. O blog foi criado no âmbito do mestrado em Informação e Jornalismo, da Universidade do Minho. É um ponto de passagem obrigatória. E um motivo de orgulho ver a Universidade do Minho (na área da comunicação) na linha da frente na Internet.

 
Conversa em dia As segundas são dias difíceis. São sempre, sem excepção. Mas esta segunda-feira foi particularmente complicada. Nos últimos dias, tenho andado a fazer (a tentar. Este verbo talvez seja mais acertado) um trabalho em multimédia, para a minha pós-graduação em Multimédia. A proposta é construir um CD Rom. Os conteúdos são sobre a publicidade da Coca-Cola, devido à riqueza de recursos multimédia. Vamos lá ver o que vai sair dali... Entretanto, com este trabalho, acabei por me "desleixar" um bocadinho noutros assuntos. As leituras de fim-de-semana foram feitas apenas na diagonal, não voltei a pegar no livro de Freitas do Amaral sobre o Iraque, ainda nem abri os livros que comprei na Fnac, não tenho escrito no weblog... Prometo retomar a emissão de imediato.


6.4.03
 
Notas 1. O Blogo descobriu o nosso Conversas de Café e destacou-o como o Blog do Momento. Obrigado. 2. O Jaime estreou-se nas andanças da "blogosfera". Bem vindo. 3. Ontem fui à Fnac. Dois livros (previamente escolhidos) e uma corrida até à caixa. "Lourenço Marques", de Francisco José Viegas, e "Zaziba e o Rei", alegadamente escrito por Saddam Hussein. O primeiro já estava na lista há muito. A compra do segundo deve-se apenas ao tanto que tenho ouvido. Quero saber porque tanto se fala do livro (temo que, no final, descobra que não existe qualquer razão). 4. A escrita continua sem estar em dia. As leituras do fim-de-semana ainda estão a meio. Desconfio que os jornais de hoje não vão ser lidos em papel. Mas ainda vou tentar passar por aqui, para mais uma conversa com cheiro a café.


5.4.03
 
Leituras na diagonal Mais um dia sem televisão (à excepção de uns olhares para o ecrã no restaurante, à hora do almoço, com o som abafado pelos talheres). Hoje sem intenção, porque às sextas motivos profissionais e académicos assim o impõem. A escrita não vai ficar em dia porque o cansaço já não o permite. A hora é das leituras jornalísticas do dia (e da semana, no caso das revistas). Amanhã prometo trazer alguns apontamentos (com a imprensa de sábado incluída). Entretanto, já são quatro da manhã em Bagdad. Alguém conseguirá ler na capital do Iraque?


4.4.03
 
Ainda o Independente (e a maldita pedofilia) Confesso que ainda não li o dito jornal com "olhos de ler". Só Isaltino e pouco mais. Entretanto, uma colega chamou-me a atenção para a referência ao site Repórter X. E o que é? "É um site independente, dedicado ao jornalismo de investigação. Sem donos, sem pressões, sem timings nem manipulações. É um site para leitores exigentes e atentos, a quem tentaremos mostrar a verdadeira face das histórias, os bastidores, o porquê. Contamos consigo para nos apoiar. Aqui somos um punhado, mas juntos somos milhões". E quem são eles? Os jornalistas João Paulo Guerra e Jorge Van Krieken. Vamos ficar atentos.

 
"Esta noite o Iraque pode fazer uma acção não convencional". A afirmação é de Mohamed al-Sahhaf, o arrogante ministro da Informação iraquiano, que garante que "esta acção será um grande exemplo para estes mercenários". Vai começar a guerra química?

 
Baixas A primeira baixa a registar no Governo da coligação PSD/CDS-PP é Isaltino Morais. Recordo que, há quase um ano, lhe tracei o perfil na TSF Online. O meu estágio curricular tinha começado há menos de um mês. Médio Oriente (eternamente) e as eleições legislativas dominavam o meu trabalho. Nessa tarde de 2 de Abril, era importante darmos a conhecer os 15 homens e 2 mulheres que compunham o novo governo. Esta manhã, tive a sensação que tudo se tinha passado ontem. Fui procurar os artigos, em particular o perfil de Isaltino Morais. Talvez devido à mudança do site (no contexto da guerra no Iraque), alguns links estão inacessíveis ou mal referenciados. Com algum esforço e uns “truques”, lá abri o dito artigo. “Isaltino Morais, de autarca a ministro”. É bom olharmos para trás. Até mesmo para percebermos os erros. E lá estava um: “(...)e regressou a Lisboa para estudar no Instituto Nacional de Estatística”. Estudos no INE? ... Para anotar e aprender. E o Governo? Será que vai anotar o erro? A manchete do Independente está aqui na minha secretária. “Contas na Suíça” aponta o semanário. É a primeira baixa (colateral ou não?) deste Executivo.

 
À deriva pelo admirável mundo do hipertexto Li no Ponto Media, do António Granado, que os Repórteres Sem Fronteiras vão lançar uma campanha a favor da liberdade de expressão. Nas imagens surgem jornalistas franceses conhecidos. Uma campanha de choque em tempo de "Choque e Terror" (ou Pânico, ou Surpresa, ou o que quiserem)... Ainda os Repórteres Sem Fronteiras. Resolvi saber as novidades e dei um "saltinho" ao site. É pena que não seja actualizado mais frequentemente (várias vezes ao dia era uma boa ideia), mas mesmo assim encontram-se sempre coisas interessantes para espreitar. O artigo "Working in Baghdad : problems and dangers" é muito interessante. Há mais. Muito mais. É só navegar. Ao "passear" pelo site, reparei que não Portugal (felizmente) nunca é mencionado. Fiz uma pesquisa com o nome do nosso país e encontrei alguns links, mas apenas um dizia respeito a Portugal: "Journalist charged for refusing to reveal his sources". Alguém se lembra do caso "Manso Preto"? Nem mais. O Público de quinta-feira. Gostei de ler o editorial de Eduardo Dâmaso: "Os Que Morrem no Iraque". Um excerto: "Um espectáculo deprimente que sempre nos leva ao que há muito sabemos mas nos esforçamos por esquecer: a guerra é uma a alquimia de trevas que nos conduz a quase tudo o que somos na infinitude trágica da história humana. Não somos nós, hoje, neste início de milénio, o resultado de tantas guerras? E somos assim, complacentes para uns, que supostamente comungam valores connosco, e profundamente intolerantes para outros, que são muito diferentes de nós e, ao longe, mais parecidos com números do que com pessoas. Esses, os que morrem feridos, de fome, de sede, de doença, no Iraque". Leonete Botelho escreve sobre "Pena de Morte". Uma leitura obrigatória. A secção media do Público de hoje (dia 3) é desoladora: "Cerca de 20 jornalistas deixaram a Lusa nas últimas semanas" "Sindicato acusa Lusomundo de 'insensibilidade'" "Sindicato dos Jornalistas Denuncia Ilegalidades nas Rádios de Setúbal" Sobre o Público, ainda um pequeno apontamento: já alguém reparou na desordem de hiperlinks e nos títulos estranhos que, de quando em vez, surgem na versão online do jornal? Ontem ouvi "Escrita em Dia", de Francisco José Viegas, na Antena 1. Estiveram os "blogueiros" José Mário Silva e Pedro Mexia. Interessante. Não consegui ouvir as Palavras Cruzadas de Carlos Magno. Imperdoável. À hora que escrevo, há notícias de combates às portas de Bagdad. Foi assim todo o dia. Esta guerra da informação cansa. Especialmente a nós, que somos as armas, de um lado e do outro. Fantoches? Nunca. Em teoria... A Visão chegou hoje às bancas. Já a tenho, mas ainda não a li. A Focus também veio (por engano?!) no saco. Mas não vai ser hoje que as vou ler... Este foi o quarto dia sem televisão. Até agora, nenhum efeito nefasto. Aceitam-se opiniões, críticas, sugestões (...) via email. Fim de linha.


3.4.03
 
Vestir as palavras Carlos Magno, nas suas habituais "Palavras Cruzadas" na TSF, disse tudo sobre a cobertura mediática da guerra. A crónica de hoje intitula-se "A morte das notícias", mas o som não está disponível online. Ainda assim, aqui fica um apontamento do pensamento de Magno: "a guerra está a matar as notícias. Chegam imagens saturadas da frente de batalha que nos roubam a realidade e transformam em simples ficção na mais arrepiante das realidades". Sofia Branco, jornalista do Público.PT, recebe amanhã (dia 3) o Mulher Reportagem Maria Lamas 2002. O trabalho premiado intitula-se "Mutilação genital feminina — O holocausto silencioso das mulheres a quem continuam a extrair o clítoris", foi publicado em simutâneo no jornal Público e na versão online e está acessível num completo dossier sobre o assunto. Uma nota muito positiva para a reportagem. A TVI garante que vai fazer serviço público. Vem aí a "Grande Oportunidade", um concurso que oferece empregos como prémios. O programa (cujo formato original é argentino) vai ser apresentado por Júlia Pinheiro. Até que nível vai descer a televisão portuguesa? Obviamente ninguém é obrigado a concorrer, mas a humilhação e a exploração televisiva vão surgir com toda a certeza. Mais um grande passo do "terrorismo" televisivo... Uma confissão: não vejo televisão há três dias. A rádio mantém-se a minha companheira diária. Os jornais são os meus olhos para esta guerra. Do ecrã do computador viajo até Bagdad, Amã, Telavive, Washington, Londres, Ancara, Damasco, Teerão. Ontem voltei a ter a certeza que Portugal continua no mapa: ainda a Casa Pia e a maldita pedofilia.


1.4.03
 
Luzes e Sombras Dia 1 de Abril. Dia das Mentiras. À consideração: - Cavaco Silva é o preferido nas sondagens para PR. - Numa manifestação a favor da paz, em Lisboa, a 22 de Março, um slogan fez “furor”: “Bush assassino, liberta o Carlos Fino”. - Francisco Assis é o novo líder da distrital socialista do Porto, destronando Narciso Miranda - A selecção nacional ganhou ao Brasil, justamente com um golo do brasileiro Deco. Qual é a mentira de hoje? “Dou-lhe 1, dou-lhe 2, dou-lhe 3”. É este mundo. Esse sim é uma mentira. Viriato Somorenho-Marques (Professor de Filosofia Política da Universidade de Lisboa e especialista de História Política dos Estados Unidos) escreve na Visão n.º 525 o artigo “O inferno são os outro”. Com uma enorme clareza de pensamento, relembra Erasmus (“A guerra é doce para quem não a experimentou”) e “dispara” certeiro: “A minha tese consiste em considerar que na figura do Presidente George W. Bush e de outras personagens da sua corte, de Condolezza Rice a Donald Rumsfeld, se agita uma representação do mundo de recorte fundamentalista. Geralmente quando se fala de fundamentalismo este associa-se ao uso e abuso da tradição, em particular da religiosa. Isso é verdade, mas não esgota o tema. O essencial do fundamentalismo como atitude consiste numa incapacidade de aceitar a radical complexidade do mundo em que vivemos, na negação de que o nosso atribulado e exíguo globo é partilhado com outros modos de o representar e de o valorar”. Nem mais. E aqui não se faz um ataque à fé. Mas aos fanáticos faço eu, que estou à vontade dado não ter credo. Há quem esteja a levar esta guerra como se de uma cruzada se tratasse. Dos dois lados. Num talvez em maior proporção do que no outro. Ou talvez não. Deste número da Visão há vários pontos a destacar. O Dossier Guerra não assume (por inteiro) o chamado “ponto de vista ocidental”. Essa perigosa forma de não querer ver o mundo mais além, de não entender as suas representações diferentes. No referido dossier, há um artigo que devia ser comentado pelos “soldadinhos de chumbo” desempregados que nos enchem os ecrãs. Fala-se de prisioneiros de guerra. O título é “Nas Mãos do Inimigo”. Basta deixar aqui a entrada: “Apesar dos protestos, também os americanos estão a desrespeitar a Convenção de Genebra”. A base de Guantánamo é familiar? Pois. Mas diz que esses são terroristas e, por isso, não têm direito a estatuto de prisioneiros de guerra. Pois. E é este um dos lados mais negros de uma guerra – os “trofeús”. Como se os “danos colaterais” já não fossem suficientes, ainda vamos assistir à exibição de seres humanos como autênticos trofeús de caça. E fora do teatro das operações, longe dos companheiros de armas (e valores?!), os soldados (de um lado e de outro) tornam-se vulgares seres humanos, com o horror espelhado no rosto. A coragem da arma dá lugar ao desespero mais profundo. E pronto. Voltámos a abrir a porta ao terror. E a ONU deixou que ela se escaqueirasse. Neste conflito (o mais mediático de todos os tempos) são os cadernos dos repórteres de guerra que nos contam, de facto, o que se passa no terreno. Ontem abdiquei da parafernália das televisões. Sempre com um ouvido na TSF, “devorei” o Dossier Guerra da Visão e as reportagens dos enviados especiais do Público ao Médio Oriente. O “mestre” Adelino Gomes na Jordânia e Paulo Moura no sul do Iraque, a acompanhar uma coluna de tropas norte-americanas. Este jornalista assina no Público de sábado uma fantástica reportagem: “A Aventura do Capitão Paul Moody e dos Seus Soldados-engenheiros”. Cá ficam uns excertos: “Na caixa aberta do jipe os soldados vão a palrar "Eu adoro o exército", "É divertido, mesmo aqui, não gosto é de sangue. Sou do tipo sensível". "Vou perguntar-te uma coisa, eras capaz de viver aqui?" "O deserto é o máximo. Mas não. Sem álcool e sem gajas nem pensar." "Pois eu era. Desde que não me fossem ao cu." "Olha ali. Uma loira com umas grandes mamas!" "Eh pá, aquele tractor! Imagina que os tipos têm aquilo cheio de dinamite, passam por nós e..." "Olha men, camelos! Uau!" "Têm uns belos 'Camel sacs'" "Pergunta-lhe se têm cigarros Camel" (...) “É perturbador o contraste entre a arrogância paquidérmica dos camiões da coluna e a leveza altiva dos tornados que correm, brincam, voam no deserto. São seres vivos. Os verdadeiros autóctones da região. Já cá estavam quando foi inventada a escrita, quando a História humana nasceu no Iraque. Assistiram indiferentes aos desfiles pomposos das civilizações suméria, babilónica, assíria, árabe. Nunca se renderam, nem se exilaram, nem se converteram, nem sequer se aproximaram”. (...) “As restroescavadoras continuam a carregar nos camiões a preciosa gravilha, quando algo insólito e inesperado acontece. Um velho iraquiano, de túnica, sandálias e turbante avança pela estrada com um sorriso no rosto tisnado. Vira para o desvio com passos determinados, chega à entrada da cimenteira. Os soldados com metralhadoras, pistolas, capacetes, coletes à prova de bala, "kit" de guerra química, óculos de tempestade, põem-se à frente, mandam-no parar. O velho ignora-os, avança para eles sempre a sorrir. Os "robotcops" apontam as armas e o velho afasta-as com as mãos, dizendo algo em árabe. Será o dono da cimenteira? Um louco? Um bombista suicida? Ninguém sabe. Vêm os soldados todos, há metralhadoras e espingardas voltadas para o iraquiano, que continua a sorrir e a falar, tentando dizer por gestos que quer entrar na cimenteira. E entra, passando por entre os soldados que vão atrás dele sem saberem o que fazer. Abre a porta de um casinhoto de que tem a chave, tira de lá um cobertor negro que põe debaixo do braço, enche uma tigela com água de um jarro e bebe, oferece a todos mas ninguém responde. Vai a outro casinhoto, vai onde quer, sempre a rir e a falar em árabe. Os soldados seguem-no para todo o lado em pânico, sem dizerem nada. O que podem fazer? Matá-lo? Prendê-lo? Estão esmagados pelo excesso de confiança do homem.” Mas e notícias? Daquelas em cima da hora. De “breaking news”. Disso nada? Sim, claro que sim. Aliás, é o meu emprego! Mas o online é para isso o meu meio de eleição. Esqueçam lá a televisão. A rádio? Fica a meio caminho. E pronto, já “puxei a brasa à minha sardinha”. Mas nem só de guerra vai o mundo. Na já (tão – até demais!!!) referida Visão, vem uma reportagem de Ana Margarida de carvalho, intitulada “Depressão Pós-Praxe”. A isenção ficou (quase) na gaveta, e contra mim falo por elogiar uma reportagem tão... como dizer?... opinativa (?!). O tema quase (de certeza) daria uma discussão académica, mas como jornalista não posso afirmar que tudo é objectivo. Claro que não é. É impossível. E nestes casos dá vontade de dar umas “alfinetadas”. Não é ético. Não, não é. Fica-me mal pensar assim. Fica (?!). Mas, neste caso muito particular, vou parafrasear o Prof. Diogo Freitas do Amaral (a frase não é dele, mas o homem ultimamente repete-a mais vezes do que o padre diz Amém): “WHO CARES”?

 

Site Meter